segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


Ele é o nosso Emanuel



Logo depois do 5 de Outubro em que celebramos o centenário, o Natal 2008 tomou dianteira nas nossas prioridades enquanto Igreja.

Nos cultos, nas pregações, desafios com os jovens, escola dominical e juniores, e assim nas novas igrejas de Lém-Ferreira, Achada Grande Trás, Achada Mato, S. Martinho Pequeno e Achada de S. Filipe, o espírito de Natal é sentido e compartilhado.

Tivemos dias de excesso de trabalhos e momentos difíceis de ministrar, que só a graça de Deus e SEU grande amor tornaram possível ultrapassar.

Dou graças a Deus porque no momento em que escrevo estas linhas reconheço ser Ele o nosso Emanuel, que nos assistiu na celebração do Natal dos pequeninos, na véspera (24) com “ Ele é a Luz do Mundo”, na distribuição de dezenas de cabazes, na confraternização com os reclusos da cadeia central ou na comunidade terapêutica de granja em S. Filipe. Mas, ainda há mais! Ver dezenas de cartões e mensagens alusivas à Quadra de muitas paragens, avançarmos rapidamente para uma oferta histórica a favor do evangelismo nacional ou a árvore de Natal apinhada de prendas…

Devo uma palavra a todos os familiares, colegas de ministério, amigos, irmãos no estrangeiro, governantes e o simples cidadão que faz questão do “bom dia senhor pastor”, cada manhã que chego ao escritório.

Natal nas visitas pastorais e encontros com estudantes em férias, no novo visual da igreja e na cidade com sua azáfama interessante.

Espero ansiosamente o culto de vigília, com a ceia, queima de votos, o abraço com votos de Feliz Ano Novo e a festa social em preparação.

Quero a todos desejar uma Quadra repleta de alegrias e um ano 2009 cheio de realizações para Sua Honra e Glória.

- Pastor Adérito Silves Ferreira –

A HORA DE DEUS


Certa vez perguntou Napoleão a um oficial às ordens: “Que horas são?”
O homem respondeu-lhe: “Às que Vossa Majestade ordenar”.
Mais tarde, Napoleão e todos os que o bajulavam aprenderam que as conquistas e vitórias do homem de mais êxito são relativas. Há terrenos sagrados onde pára a nossa influência. Não podemos alterar as horas do relógio da eternidade. Elas pertencem a Deus – e só a Ele.
O regresso de Cristo à terra é uma realidade inevitável do relógio de Deus.
Para muitos será um acontecimento festivo, esperado com impaciência. Eles anseiam ver a Cristo.
Para alguns, a passagem pela Terra tem sido mais fácil e agradável. Gozaram o benefício do nascimento em certas famílias e latitudes; desfrutam de boa saúde; têm amigos; possuem conforto. Como dizemos, “a vida lhes corre bem”.
Mas há um outro grupo para quem o sol não brilha tanto. Fechados em prisões, confinados a leitos ou asilos, esquecidos e sub-alimentados, criticados, perseguidos – sonham com um dia e um mundo melhores. Se estas pessoas são crentes, terão murmurado tantas vezes a oração do Apocalipse: “Ora vem, Senhor Jesus”. Para os que negam a Sua vinda, ela será também realidade. A Escritura diz que o regresso de Jesus produzirá a maior confusão de toda história, uma hora de surpresa e remorso. Aterrorizados, homens quererão fugir da realidade pelas portas da morte; mas esta que tem sido tão voraz, fugirá de todos.
Para os que crêem nessa vinda, ela será gloriosa, o fim da tribulação da criatura humana.
Falamos por vezes do fato como se estivesse tão recuados no tempo que em nada nos interessasse, pois só dirá respeito a gerações futuras. Pois, aqui está a surpresa. A hora de Deus é secreta e pode estar mais perto do que pensamos.
As Escrituras falam de sinais dos tempos: guerras, pestes, fomes, apostasia, conflitos nos ares, terremotos.
O falso alarme de alguns tem trazido um certo descrédito ao aviso. Mas excentricidades dos marcadores de datas não devem impedir a nossa vigilância aturada. Cristo vem.

- Dr. Jorge de Barros –

Natal



Chegou mais um Natal. Movimento pelas ruas, compras, prendas para amigos e queridos, projetos de uma ceia melhorada... Cartões de boas-festas cruzando os ares e os oceanos, mensageiros da nossa lembrança a amigos distantes...
Para muitos, isto é tudo, é o Natal. Em se apagando as velas ou as luzes multicores das ruas enfeitadas – tudo cai na penumbra do costume. E o tédio vai, de novo, dominar os corações, apagando a última réstia do esplendor fugaz das festas que já fazem parte de um passado...
Mas “levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz”, pois “o povo que andava em trevas viu uma grande luz!”.
Para o crente, cada Natal é um atiçar a chama da Luz que, um dia, brilhou em seu coração. Essa Luz é Jesus, que resplandeceu há vinte séculos sob a forma de uma brilhante estrela e guiou sábios à verdadeira Fonte de Sabedoria.
Para o crente, cada Natal é, ainda, uma oportunidade esplêndida de empunhar o facho da “grande luz” para levar as “Novas de grande alegria para todo o povo”.
A mensagem que, séculos atrás, os anjos proclamaram sobre as Campinas de Belém, será a sua mensagem ao povo que “anda em trevas”- seja ele um amigo, um superior, um colega, o vizinho ou o familiar mais chegado: “... vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor!”.
E que farei para pagar...?
Oh! Jamais poderia pagar tal Dádiva de Amor divino!
Então, que farei para demonstrar toda a minha profunda e eterna gratidão pelo amor de Deus por mim? Darei sobejos, restos de que já não preciso? Jesus terá o último lugar na minha lista de prendas?
Deus deu o Seu Filho Unigênito – por amor, a mim e a ti.
Jesus deixou a Sua Glória e deu-Se na Pessoa de um Bebê – para a minha e a tua salvação.
Dá, pois, uma oferta sacrifical a Jesus, no Seu Natal.
Dá mais do que julgas poder ou projetavas dar.
Não dês apenas com a mente e as mãos – mas com todo o coração.
Não contes o número de notas ou moedas que podes dispensar – mas o montante do amor que queres ofertar ao teu Salvador e Senhor!
E haverá alegria no céu porque voltou a achar-se Amor neste Natal. Virá do teu coração, quando deres a tua contribuição para a Salvação de almas, através da tua oferta de Natal.

- Maria Manuela Barros -

O que Significa o Natal


O Natal tem uma variedade de significados conforme as adaptações que tem sofrido. Para o mundo de negócios, é um incremento financeiro. Para muitos vendedores e empregados comerciais, é uma experiência exaustiva e sem graça. Para os da alta roda, é uma espetacular reunião social. Para muitos outros, um tempo de férias e festas. Aeroportos movimentados, auto-estradas congestionadas, lojas apinhadas e pessoas exaustas tornaram-se os símbolos do Natal.
Para o cristão, contudo, o Natal é a comemoração do nascimento do nosso Salvador – rico em herança e tradição, em louvor e adoração. São os cânticos natalícios, as representações, a música, os serviços tradicionais da igreja. São saudações coloridas mandadas e recebidas de longe. É a reunião dos queridos, a troca de prendas e a exuberância das crianças à volta da árvore de Natal. Mas, além de tudo, o Natal é adoração e louvor a Deus pela Sua maior dádiva ao nosso mundo – Cristo.
O Natal nos recorda que somos amados. João 3:16 declara que: “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”. A quadra do Natal, com o seu entusiasmo e amizade e as estreitas relações familiares, traz-nos a bela mensagem de que não estamos sós e esquecidos. Saudações calorosas relembram-nos velhas e duradouras amizades ou são simples símbolos que nos lembram um amor maior e o cuidado do nosso Pai Celestial.
O Natal é também um modo de recordar que Cristo é a última esperança para o nosso mundo desnorteado. A mensagem dos anjos quando o Salvador nasceu: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:14), pode guiar a nossa época para o seu sonho remoto de um mundo de paz. Devemos admitir que temos assistido a poucos resultados no esforço humano para alcançar a fraternidade mundial e uma paz duradoura. O fato será uma evidência da inaptidão da mensagem cristã, ou será antes um mudo testemunho de que a espécie humana tem falhado em compreender o verdadeiro significado dessa mensagem e aceitar as condições impostas por Cristo para construção de um mundo melhor? Estamos a observar presentemente o colapso das filosofias humanistas e materialistas e dos processos sociológicos que não tem fundamentos morais e espirituais. Simão Pedro deu a resposta na sua réplica histórica a Jesus, em João 6:68, tão atual para o seu tempo como para o nosso: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna”.

- Dr. Charles H. Strickland –