segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Muito Obrigado!

Acordei hoje e ficou claro que sou um homem de 48 anos de idade!
Mesmo que quisesse ocultar tal facto, minha família a começar pela Ester e Eliane, mais próximas, cantaram "só para mim", Feliz Aniversário.
Minha primogénita de Boston, também me saudou com amizade, lembrando que 48 anos tinham chegado!

Meus irmãos de sangue e espiritual ao longo do dia enviaram saudações com votos de forças, saúde, muitos mais anos de vida e bênçãos do Altíssimo. Sou muito grato a todos!

Possa o Senhor conceder-me saúde, paz, sabedoria, bom senso, amor e oportunidade de servi-Lo, na companhia de todos que me são muito queridos.

Um bem-haja!

29/09/1960 - 29/09/2008


Sempre,

Adérito Silves Ferreira

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Mais Graça!

Desde os meus dias de aluno da Escola Dominical, tenho ouvido dezenas de lições e pregações acerca do Bom Samaritano!
Professores e pregadores excelentes têm interpretado com clareza a parábola, mas, nesses dias a dimensão Graça, na passagem me tem acompanhado.
O ano eclesiástico 08/09 é o ano da visitação, do discipulado, da abertura de novas igrejas e Celebração do Centenário da Igreja Internacional.
Como conseguir esses alvos sem a Graça de Deus?
S. Paulo escrevendo aos Romanos em 10:17 diz: “ de sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. Para que isso realmente ocorra a igreja do agora tem de sair do comodismo e começar a valorizar a pessoa, não somente o irmão convertido, mas, aquela pessoa que está sem rumo e sem Deus.
Como mudar essa situação? Temos que analisar a nossa capacidade de comprometimento. O Samaritano não agiu como o sacerdote e o levita, pois o que os impediu de fazer alguma coisa era a lei que proibia tocar em um morto, e o pobre coitado que jazia no chão aparentava estar morto. O Samaritano não tinha o obstáculo da lei, por isso foi, verificou se estava vivo ou morto, constatou que o pobre coitado estava vivo e … FEZ O QUE ESTAVA AO SEU ALCANCE!
Temos de correr este tipo de risco, se desejamos ser ministradores da Sua Graça.
Estudar e dominar os conceitos teóricos da Graça têm seu valor. Ensinar a Graça nos é imposta! Porém, viver a Graça é do convertido e santificado!
Juntos, este ano eclesiástico precisamos de “Mais Graça” e ganhar almas para Cristo, compartilhando Sua Maravilhosa Graça! O mais e o resto é palavreado barato que o nosso mundo está cheio!
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam vós todos". Amém!

- Pastor Adérito Silves Ferreira –

O PREÇO

Achei-me entre os que comprimiam para ver uma exibição rara: arte chinesa que remontava a milhares de anos antes de Cristo.
Quando nos aproximamos dos preciosos objectos, ouviram-se comentários sussurrados acerca do preço de tais obras: Incalculável!
Soubemos que não se encontravam seguradas, pois nenhuma companhia se atrevia a fazê-lo: "Não há dinheiro que cubra estas preciosidades", declararam os peritos do mundo.
Constituiu, pois, uma nota engraçada o pedido de uma criança ante um cavalo de ouro maciço maravilhosamente esculpido: "Eu quero aquele cavalo! Compre-me aquele cavalinho!"
O episódio lembra um certo Simão mencionado em Actos 8. Astuto e de grande magnetismo pessoal, não primava pela humildade. Ele mesmo se alcunhava de "grande personagem". A sua arte mágica impressionava o povo. Seguiam-no como se fosse um deus.
Mas o evangelho chegou à sua cidade e Simão ficou deslumbrado com o Espírito Santo. Havia "sinais e grandes maravilhas". Pessoas vulgares recebiam o extraordinário poder. Era exactamente o que Simão desejava!
A Bíblia diz que ele aceitou o evangelho: creu. Nós diríamos que se "converteu". Foi batizado com água: associou-se publicamente à congregação. Ficou de contínuo com os pregadores, tornando-se adepto rico e conceituado.
Entretanto, ainda lhe faltava o Espírito Santo. O mágico pediu então aos apóstolos, oferecendo-lhes dinheiro: "Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo" (v.19).
De qualquer maneira, o erro de Simão tende a sobreviver.
Primeiro, pela aberração ligada à finalidade do Espírito Santo no crente: não é o poder de fazer prodígios em outros, de produzir malabarismos espirituais, mas de viver um milagre acontecido em nós mesmos: purificados pela fé.
Simão revelou, também, o erro de procurar obter o espírito à custa de bens, méritos ou sacrifícios pessoais. Muitos cristãos bem intencionados flagelaram os corpos e tuberculizaram-se em jejuns cruéis, na busca da santidade.
É Pedro quem toca na ferida mortal de Simão: "Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é recto" (v.21).
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito recto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo (Salmo 51:10-11).

- Dr. Jorge de Barros -

Tempo de Loucura

Tudo começou quando tive de pensar na forma que me parecia mais acessível para uma exposição sobre “a violência e a saúde mental das crianças. Pretendia uma grande viagem ao passado de modo a poder dispor de algumas ideias e depois poder organizá-las para o que me fora proposto. Contudo, não fui além deste nosso ano que foi consagrado à cultura da paz e que vem sendo comemorado, por vezes, com uma indisfarçável falta de entusiasmo, quando deparei-me rapidamente com umas imagens gravadas na minha mente.
Pois, fiquei quase que amarrado àquelas imagens que acompanhei num dos canais de televisão que nos é dada a oportunidade de acompanhar.
Um moço dos seus doze anos, todo a rigor, sereno, grave, atrás do púlpito luxuoso, ajustado para a ocasião, pegou numas folhas e começou a ler para uma plateia de crianças todas bem comportadas. Disse que ao dar inicio aos trabalhos devia alertar para “os desafios do nosso tempo”.
Embalado, eu, que sempre tive uma certa paixão pela oratória, ia-me deliciando com as palavras sabiamente escolhidas, as frases que se combinavam e transmitiam as ideias de um discurso elaborado, pretensamente o retrato de uma “infeliz situação actual e as suas repercussões na infância”.
As mazelas de aqui, tinham naturalmente a sua origem no que outros, convenientemente citados, tinham determinado. A doença, a fome, as minas e amputações, o sofrimento, tudo tinha a mesma origem. O alerta teria de ser dado sob pena de deixarem tudo a perder. Ficou subjacente que falava das conquistas alcançadas a custo de sacrifícios. Retornou com a maior serenidade a sua chamada de atenção para os “desafios do nosso tempo”.
Distraidamente, ia acompanhando aquele discurso concebido com todos os condimentos da mais pura retórica, para aquelas centenas de crianças e adolescentes quietos, inocentes.
Só então, notei que o discurso era demasiado lindo; com um cheiro a falso que exalava daquela conversa toda; algo, portanto, deveria estar por trás.
Era um discurso verdadeiramente adulto, para adulto, posto por um adulto na boca de uma criança! Parei um pouco e, revoltado, perguntei-me se não seria violência pôr na boca de uma criança um discurso adulto, tanto na linguagem e expressão como também na hipocrisia; um discurso para consumo de adultos disfarçadamente destinado a crianças reunidas para o efeito!
O tema que estava a preparar, foi tomando forma à medida que meu pensamento podia recuar. Entretanto, ficou a imagem do nosso orador martelando sobre os desafios do nosso tempo. Tempo de loucura!

- Daniel Silves Ferreira –

Psiquiatra

Águias não voam com aves de outra plumagem


“…os que confiam no Deus Eterno … voam nas alturas como águias…” Is. 40:31
A águia possui oito vezes mais células visuais por centímetro cúbico do que o ser humano.

Voando à altura de duzentos metros, a águia consegue detectar um objecto do tamanho de uma moedinha movendo-se na grama de quinze centímetros de altura. A águia pode enxergar um peixe de oito centímetros saltando num lago, há oito quilómetros de distância. As pessoas que tem visão de águia conseguem enxergar o que a maioria não vê.

Nunca vi uma águia voando com um urubu. Ambos são aves. Mas são de outra estirpe, de outra plumagem. Os urubus voam baixo, aceitam qualquer tipo de presa, preferivelmente as mortas. Não são tão selectivos, aceitam qualquer coisa. Gosto deles. Considero-os como faxineiros de Deus. Faz parte do equilíbrio ecológico.

As águias não voam com urubus. Por quê? Atitude. Os urubus não conseguem subir às alturas das águias. Elas não descem, eles não sobem. Portanto, não podem voar juntos.

Gostaria de encorajá-lo a não descer… às vezes somos chamados a descer, baixar padrão, mudar de rota, deixar os princípios. Voar raso… é uma atitude de urubu. Não aceite!

Erga seus olhos e olhe mais alto; para a dimensão das águias. É melhor perder a presa do que ser preso pelo laço fácil. Aves de plumagem diferente não voam juntas. Águia ou urubu?

- Pr. Dr. L. Aguiar Valvassoura –