Achei-me entre os que comprimiam para ver uma exibição rara: arte chinesa que remontava a milhares de anos antes de Cristo.
Quando nos aproximamos dos preciosos objectos, ouviram-se comentários sussurrados acerca do preço de tais obras: Incalculável!
Soubemos que não se encontravam seguradas, pois nenhuma companhia se atrevia a fazê-lo: "Não há dinheiro que cubra estas preciosidades", declararam os peritos do mundo.
Constituiu, pois, uma nota engraçada o pedido de uma criança ante um cavalo de ouro maciço maravilhosamente esculpido: "Eu quero aquele cavalo! Compre-me aquele cavalinho!"
O episódio lembra um certo Simão mencionado em Actos 8. Astuto e de grande magnetismo pessoal, não primava pela humildade. Ele mesmo se alcunhava de "grande personagem". A sua arte mágica impressionava o povo. Seguiam-no como se fosse um deus.
Mas o evangelho chegou à sua cidade e Simão ficou deslumbrado com o Espírito Santo. Havia "sinais e grandes maravilhas". Pessoas vulgares recebiam o extraordinário poder. Era exactamente o que Simão desejava!
A Bíblia diz que ele aceitou o evangelho: creu. Nós diríamos que se "converteu". Foi batizado com água: associou-se publicamente à congregação. Ficou de contínuo com os pregadores, tornando-se adepto rico e conceituado.
Entretanto, ainda lhe faltava o Espírito Santo. O mágico pediu então aos apóstolos, oferecendo-lhes dinheiro: "Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo" (v.19).
De qualquer maneira, o erro de Simão tende a sobreviver.
Primeiro, pela aberração ligada à finalidade do Espírito Santo no crente: não é o poder de fazer prodígios em outros, de produzir malabarismos espirituais, mas de viver um milagre acontecido em nós mesmos: purificados pela fé.
Simão revelou, também, o erro de procurar obter o espírito à custa de bens, méritos ou sacrifícios pessoais. Muitos cristãos bem intencionados flagelaram os corpos e tuberculizaram-se em jejuns cruéis, na busca da santidade.
É Pedro quem toca na ferida mortal de Simão: "Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é recto" (v.21).
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito recto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo (Salmo 51:10-11).
- Dr. Jorge de Barros -
Quando nos aproximamos dos preciosos objectos, ouviram-se comentários sussurrados acerca do preço de tais obras: Incalculável!
Soubemos que não se encontravam seguradas, pois nenhuma companhia se atrevia a fazê-lo: "Não há dinheiro que cubra estas preciosidades", declararam os peritos do mundo.
Constituiu, pois, uma nota engraçada o pedido de uma criança ante um cavalo de ouro maciço maravilhosamente esculpido: "Eu quero aquele cavalo! Compre-me aquele cavalinho!"
O episódio lembra um certo Simão mencionado em Actos 8. Astuto e de grande magnetismo pessoal, não primava pela humildade. Ele mesmo se alcunhava de "grande personagem". A sua arte mágica impressionava o povo. Seguiam-no como se fosse um deus.
Mas o evangelho chegou à sua cidade e Simão ficou deslumbrado com o Espírito Santo. Havia "sinais e grandes maravilhas". Pessoas vulgares recebiam o extraordinário poder. Era exactamente o que Simão desejava!
A Bíblia diz que ele aceitou o evangelho: creu. Nós diríamos que se "converteu". Foi batizado com água: associou-se publicamente à congregação. Ficou de contínuo com os pregadores, tornando-se adepto rico e conceituado.
Entretanto, ainda lhe faltava o Espírito Santo. O mágico pediu então aos apóstolos, oferecendo-lhes dinheiro: "Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo" (v.19).
De qualquer maneira, o erro de Simão tende a sobreviver.
Primeiro, pela aberração ligada à finalidade do Espírito Santo no crente: não é o poder de fazer prodígios em outros, de produzir malabarismos espirituais, mas de viver um milagre acontecido em nós mesmos: purificados pela fé.
Simão revelou, também, o erro de procurar obter o espírito à custa de bens, méritos ou sacrifícios pessoais. Muitos cristãos bem intencionados flagelaram os corpos e tuberculizaram-se em jejuns cruéis, na busca da santidade.
É Pedro quem toca na ferida mortal de Simão: "Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é recto" (v.21).
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito recto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo (Salmo 51:10-11).
- Dr. Jorge de Barros -