sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sabatina sem Palmatória


Talvez seja coisa de quem se aproxima dos 50, nos próximos dois anos, mas, a verdade é que nesses últimos dias me “persegue” a lembrança de certos objectos que faziam parte das escolas primárias, dos meus dias, no século passado! Refiro-me concretamente à palmatória, vara de marmeleiro, orelha de burro, gravilhas ou sal sobre o estrado...

Decidí homenagear a palmatória! Objecto de madeira simples, com cabo de 30 cms e numa das pontas um circulo de alguma espessura e alguns buracos pequenos e estrategicamente colocados na horizontal! Quem dos meus dias não se lembra dessa “amiga”?!

Quase sempre ela se tornava activa no momento das Sabatinas, quer fossem à tabuada, leitura, geografia, ou pesagem e medição! Até conseguimos técnica de parti-la usando uma combinação de elementos, sem prova laboratorial!

A pedagogia moderna recomendou o afastamento sine die de tal ferramenta, com argumentos fortes, com os quais estou de acordo e estamos conversados!

De todo modo e ainda assim, fico firme em reconhecer o papel que pelo menos na minha vida tiveram esses objectos, os quais se tiver boa disposição e humor nos próximos tempos homenagearei!

Hoje, por qualquer dá cá uma palha, discussões acerca da competência deste ou daquele, nesta ou naquela área vem ao de cima! Até insultos e difamações infundadas são proferidas, separando velhos conhecidos e pessoas respeitadas!

Então, defendo o regresso das Sabatinas, com direito a certificado, diploma, e equivalências, mas, por enquanto sem a palmatória! Talvez, ânimos fossem serenados, cada um tomasse o seu lugar e maior fosse a produtividade!

À palmatória, o meu agradecimento pelo trabalho realizado nas minhas mãos e que ainda hoje produzem efeitos! Aos seus sábios utilizadores, mestres ou colegas reconheço pronta ajuda!

- Adérito Silves Ferreira -