quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A Igreja



“Edificarei a minha igreja”, não foi a declaração de um político em determinada competição eleitoral, nem dessas promessas pretensiosas e falsamente adornadas de altruísmo social que, traiçoeiramente, conquistam a simpatia das massas. Foi declaração despida de egoísmo, simples, profética, emanada do coração puro e proferida pelos lábios do único detentor do direito de o fazer: Cristo.

A comunidade cristã primitiva escolheu o termo “igreja” que significava “proclamar”, “convocar” e que designava na linguagem profana “assembleia”, de preferência a qualquer outro termo. Este é igualmente o uso mais frequente dos autores do Novo Testamento (Lucas 23 vezes, Paulo 63 vezes) para “comunidade cristã” cultualmente reunida ou não, quer no âmbito doméstico, local, regional ou universal.

A igreja é exageradamente vista como puro agregado humano, fruto de decisões e actividades dos homens. Se é certo que descuidada ênfase ao carácter divino, além de lhe adulterar a realidade, desvirtua o mistério que encerra, não é menos correcto e justo que se combatam ideias à parte humana da sua natureza. É um facto histórico, visível que transcende o tempo e os homens que nele intervêm.

Como disse alguém: “afetada, por vezes profundamente, pelos acontecimentos que vão tecendo a história, abalada e marcada por eles, nunca porém, sucumbirá”. E por quê?

É importante que saibamos o que é a Igreja, mas precisamos saber o que somos nela e porque pertencemos a ela, para a podermos amar e defender.

Em cada momento da história o que a igreja é depende, em grande parte, das decisões dos homens que a compõe. O que a igreja e Cristo são para o fiel foi acertadamente resumido por um pregador: “ quem exalta a Igreja, exalta a Cristo”. Concorda? Que é a Igreja para você?

- Dr. Eugénio R. Duarte –
Superintendente Geral